sábado, outubro 13, 2012

El Retorno del Ratón

Olá Rapaziada gira. Ainda vivos? 
Por aqui vamos vivendo, apesar das vozes contrárias que teimam em me fazer o velório. 
Achais que não tenho mais nada que fazer senão escrever historietas para vosso júbilo? 
Tenho que trabalhar que o Gaspar não me perdoa. 
Aliás, o Gaspar não perdoa ninguém e eu que sou considerado milionário ainda menos. 
Tenho recebido várias mensagens, simpáticas por sinal, a pedir a volta das aventuras da CACA. Confesso-vos que ao terem surgido outros animadores na nossa praça, recuei, para assim dar espaço a outros com linguagens mais "assertiva". 
Diverti-me com as histórias que li. Histórias de intriga, suspense, fraudes e afins. Histórias reais, com personagens bem nossos conhecidos. 
Parece no entanto que a realidade não foi bem recebida por muitos. 
Feitios... 
Como sabem, neste blog tudo não passa de pura ficção de modo que achei que seria muito mais produtivo alguém que nos trazia a realidade até à nossa porta.
Mas chega de deixar para os outros o holofote. 
Tenho pensado e achado que podemos perfeitamente coabitar, por isso dentro em breve trarei mais uma história sobre as aventuras CACAIS. 
A história escondida da venda da CACA a um grupo de pistoleiros Paraguaios liderados por um homem duro, chamado.... 
Parece-vos bem? Será em esquema de capítulos, tipo folhetim sul-americano, formato que como todos sabemos, vende bem, desde os tempos da saudosa "Gabriela". 
Então até para a semana.

quarta-feira, novembro 02, 2011

The StrikeBreaker - Os Furas

Boa tarde caríssimos Amigos.
Esta do Caríssimos Amigos, confesso que é inspirada na retórica CACAL....
Adiante.
Hoje trago-vos um texto sobre Os Strikebreakers, ou como são conhecidos entre o pessoal da CACA, os Furas.
Os Strikebreakers são aquela turminha lambe-testiculo, que circulam por entre nós e infelizmente vão gastando do mesmo O2 e que por uma razão ou outra acham sempre que "não é a altura certa".
Nunca é, nunca foi e nunca será.
Além de poluírem o ambiente com as suas ideias brilhantes, gastam recursos naturais, o que tudo somado é só prejuízo.
Mas prejuízo só para os outros, pois os benefícios obtidos com o esforço alheio, esse nunca é devolvido nem entregue a organizações de solidariedade.
Talvez por falta de tempo, talvez por falta de vergonha, fica a dúvida.
Esta rapaziada vestindo sempre a capa de moderado, imbuída de um falso espírito de missão, arvoram-se em salvadores da pátria, tentando instalar o medo entre os seus pares.
Na realidade os seus desígnios são outros e o seu soldo é pago em muitos Kwanzas.
Mas há dúvidas?
Eu não tenho.
E agora sem mais delongas eis que na língua de Shakespeare, vos deixo o brilhante texto sobre essa raça inenarrável que são os manhosos, pilantras e vendidos, StrikeBreakers.


The StrikeBreaker

After God had finished the rattlesnake, the toad and the vampire, he had some awful
substance left with which he made a Strikebreaker.

A Strikebreaker is a two-legged animal with a cork-screwed soul, a water-logged brain, and a combination backbone made of jelly and glue.

Where others have hearts, he carries a tumor of rotten principles.
When a Strikebreaker comes down the street men turn their backs and angels weep in
Heaven, and the devil shuts the gates of Hell to keep him out.

No man has the right to be a Strikebreaker, so long as there is a pool of water deep enough to drown his body in, or a rope long enough to hang his carcass with.

Judas Iscariot was a gentleman compared with a Strikebreaker.
For betraying his master, he had the character to hang himself.
A Strikebreaker hasn’t.

Esau sold his birthright for a mess of pottage. Judas Iscariot sold his Savior for thirty pieces of silver.

Benedict Arnold sold his country for a promise of a commission in the British Army.

The modern Strikebreaker sells his birthright, his country, his wife, his children, and his fellow men for an unfilled promise from his employer, trust or corporation.

Esau was a traitor to himself.
Judas Iscariot was a traitor to God.
Benedict Arnold was a traitor to his country.

A Strikebreaker is a traitor to himself, a traitor to his God, a traitor to his country, a traitor to his family and a traitor to his class.

There is nothing lower than a Strikebreaker.

sexta-feira, setembro 16, 2011

Liderar - Um ensaio sobre os Druidas

Liderar...
Por autoridade ou por inspiração e exemplo?
O que será um ‘líder nato’?
Alguém que sabe fazer uso da autoridade que tem, um déspota, ou alguém com carisma e tranquilo que de forma natural e não-coerciva consegue aglutinar vontades e esforços para um objectivo comum?
Fazer do processo de liderança um exercício de fiscalização e de atribuição de responsabilidades (somente) em situações de falha ou ruptura, é um exemplo comum de incapacidade de liderar!
Não é invulgar, quem lidera com medo e pelo medo, assumir como insubordinação toda e qualquer proposta que vá contra a sua "ideologia".
Outro erro de avaliação muito comum, é confundir-se ‘ambição’ com capacidade de liderança.
Temos tido muitos ambiciosos mas poucos lideres.
Alguns dos sinais externos de uma liderança capaz e destemida traduzem-se por exemplo no ambiente de trabalho, entusiástico e enérgico.
Satisfação e sentido de realização pessoal.
Empenho e colaboração.
Veja-se o exemplo de empresas de enorme sucesso como a Google, Microsoft e a Apple!
Quando o ambiente não é esse estamos perante uma organização gerida por fracos lideres, que mais não fazem que "tratar da sua vida".
A ‘receita’ é simples e de fácil consulta para quem esteja realmente interessado.
O difícil é haver vontade e gente séria para o fazer.
E os actuais não são sérios...
Um líder sabe distribuir os louros, e sabe assumir a responsabilidade das derrotas.
Um líder sabe reconhecer a capacidade de quem com ele trabalha e não receia em apostar e premiar essa mais-valia, alimentando um espírito competitivo saudável e fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento.
Um líder sabe aceitar a critica e não a vê como um ataque pessoal.
Um líder valoriza o contributo de todos quantos com ele (e não para ele) trabalham em prole do objectivo comum.
Desde o responsável pela limpeza e higiene ao colaborador mais próximo.
Todos têm um papel a desempenhar e a qualidade da sua performance tem repercussão na organização e em última analise nos resultados e satisfação obtidos pela empresa!
Um líder não se pretende eterno, pois sabe que essa perpetuação trará menos valia para a empresa através da cristalização de ideias e procedimentos.
Encontrar alguém com estas qualidades não é fácil.
No passado já houve, neste momento vivemos uma crise de liderança.
Numa sociedade cada vez mais cínica e desiludida com a falta de atribuição de mérito em que o conhecido ‘factor C’ predomina, assumir a vontade e o desejo de criar uma organização deste tipo é quase um acto de coragem.
Infelizmente, não é a coragem que reina entre Druidas e seus capangas, mas sim a maldade e a prepotência e o medo que tentam instalar.
E como dizia Goethe, ‘o medo e a infelicidade geram o mal. E o mal propaga-se!’
Até quando vamos aturar o mal que nos fazem?

terça-feira, setembro 13, 2011

Zé Colmeia e os Potes de Mel

Boa tarde Amigos ouvintes
Hoje, não vos trago mais uma história da CACA, não nada disso.
Estou cansado da CACA e das suas tropelias, de modo que para desenjoar, eis que vos trago mais uma história para a pequenada.
Uma história mágica, linda como só as histórias de petizes sabem ser, com personagens adoráveis e cogumelos gigantes numa floresta de encantar, em que as árvores falam, os animais dançam, o mel corre solto e os passarinho chilreiam.
E tudo isto acontece, sem que os ditos cogumelos tenham culpa, ou não…
Vamos a isso então meninos e meninas?
Vamos lá, 3, 2, 1…….e eis-nos embrenhados na floresta mágicaaaaaaaa……...
A vida corria solta na floresta encantada, e na sua aldeia mágica, a aldeia dos Rotalumis.
Os habitantes, os Rotalumis, povo simpático e dócil, vivia feliz.
A sua aldeia era linda, farta, o sol brilhava para todos, as águas límpidas corriam por entre as pedras do riacho.
As casas em que os Rotalumis moravam eram bonitas, semelhantes a grandes cogumelos, com paredes brancas e telhados encarnados, salpicados com as flores que caiam e eram trazidas pelo vento. Uma coisa apetecível.
O dia a dia da aldeia era de encantar, com o vento a acariciar as árvores que abanavam levemente à sua passagem, um cenário idílico, bonito de se ver.
Os mais novos acordavam com o nascer do sol e deslocavam-se até à escola, um cogumelo gigante, onde os anciãos cheios de paciência e dedicação, carinhosamente os iniciavam nos ofícios da floresta.
O pôr do sol era coisa indescritível, só comparado à baía de Luanda.
Mas claro, toda esta paz e harmonia não era de graça.
Havia muito trabalho a fazer para manter a aldeia bonita e a funcionar e o mais importante era que cada um tivesse a sua função e a desempenhasse na perfeição.
Na aldeia, que era mágica, (como toda a boa aldeia que se preze num conto infantil), dizia eu, na aldeia mágica, os animais falavam.
Falavam e viviam todos em duas patas, lado a lado com os aldeões que pouco de humano tinham também.
Aliás, os aldeões eram até um pouco estranhos para quem não os conhecesse, e havia quem os comparasse aos Strumpfs (Smurfs para a rapaziada nascida depois de 85), mas em verde.
Um verde seco carregado, para melhor fugir aos predadores e se confundir no meio ambiente.
Igualmente se dizia que alguns dominavam poderes ocultos e magias mil, e que inclusive na noite escura, ao abrigo dos olhares estranhos, se atiravam de penhascos e conseguiam planar, voando lado a lado com os pássaros, em brincadeiras sem fim.
Eram histórias que a pequenada contava nas noites de lua cheia para impressionar os mais novos, mas havia quem jurasse serem verdade.
Mas nem só de histórias com Rotalumis poderosos vivia a aldeia.
Havia ainda aldeões normais que cuidavam da manutenção da vida corriqueira.
Havia o padeiro que assegurava pão quentinho todas as manhãs, o leiteiro que mugia as vacas, o grupo de caçadores que assegurava a carne para a aldeia, os pescadores, os apicultores, enfim um sem número de tarefas e ofícios desempenhados por quem de direito.
Um dia, um grupo de animais do bosque, fartos de viver aos restos e sabendo da vida farta que se vivia na aldeia mágica, quis aproximar-se e ver pelos seus próprios olhos.
Tinham ouvido histórias mirabolantes e decidiram ir ver.
Juntaram-se em grupo e acercaram-se da nossa pacata aldeia.
Sabiam que não era qualquer animal que era aceite na aldeia mas mesmo assim, resolveram investigar sem medo.
Aproximaram-se devagar, sem fazer alarido.
Os aldeões, gente boa e simpática acharam por bem acolhê-los, pois a aldeia precisava sempre de mais uns braços.
O trabalho era muito e havia sempre tarefas que poderiam ser desempenhadas pelos recém-chegados.
-Vinde, amigos, entrai na nossa aldeia sem medo diziam.
-Vindes por muito tempo, perguntou o chefe da aldeia?
Por alguma razão estranha, os aldeões deste tipo de aldeia falam sempre como se de um paroquiano beato de Trancoso se tratasse..
Adiante.
O líder dos animais, um urso grande conhecido por Zé Colmeia (não propriamente devido às parecenças com o verdadeiro, mas sim devido ao seu apetite insaciável), retorquiu:
-Não grande chefe, apenas procuramos um local para descansar e repor energias.
-Se nos puderes dar guarida durante algum tempo, agradecemos.
A hospitalidade dos aldeões era conhecida e outra resposta não se podia esperar.
-Ficai amigos, ficai pois vindes por bem, e sereis nossos hóspedes enquanto vos mantiveres fiel a essa bondade.
Era isso que os animais da floresta queriam ouvir.
Foram entrando, acomodaram-se e com o tempo foram criando raizes, raizes fundas...
Construiram cada um o seu cogumelo, com telhados encarnados, bonitos, janelas com rococós e grandes fundações. Muitos grandes, para que em tempo de tempestade os cogumelos abanassem pouco.
Os aldeões estranhavam a construção tão dedicada dos cogumelos, pois tempestades que se soubesse não tinham acontecido nos últimos anos.
Entretanto a vida na aldeia corria.
A aldeia, por não ser auto-suficiente necessitava de interagir com outras aldeias num sistema de troca directa muito semelhante ao usado na antiguidade.
Dinheiro, ouro ou moedas, era coisa que não havia, pois era por demais sabido que o reluzir do ouro só trazia ganância e dissabores.
Na aldeia queria-se paz e concórdia, de modo que as moedas de ouro tinham sido abolidas em tempos idos, naqueles tempos em que os animais não falavam...
Assim, uma vez que não havia moedas, a aldeia para subsistir dava o que tinha à troca de outros bens.
Trocava carne dos javalis que eram caçados, peixe pescado no riacho, algum pão e mel, muito mel.
A aldeia tinha uma cultura de mel muito grande, a maior da região.
Vinha gente de todo o lado para ver o mel, inclusive autocarros das câmaras municipais com anciãos das outras aldeias.
Havia mesmo um circuito de provas de mel explorado pela aldeia e que contava com muitos turistas.
Até aparecia num guia de bolso que atribuía estrelas ao mel.
E o mel dos Rotalumis estava sempre com a pontuação máxima.
Se outros tinham ouro, a aldeia tinha mel, e não se dava nada mal com isso.
As abelhas que o faziam viviam em perfeita comunhão com os apicultores, sendo bem tratadas, produziam mais.
Certo era que nem todos na aldeia podiam ser apicultores, afinal, era um recurso muito grande e valioso e não podia estar entregue nas mãos de qualquer um.
Assim, só os mais capazes e depois de treino intenso se dedicavam à colheita do abençoado mel, sempre saboroso e brilhante.
Mas como em tudo na vida havia regras e os aldeões também tinham uma.
E qual era perguntam os meninos e meninas?
A regra de ouro era, o mel só era colhido por alguns mas em quantidades aceitáveis, para não depenar a cultura e manter mel para os que viessem de seguida.
Tipo pousio, mas em mel.
Só que os animais que entretanto já viviam na aldeia como se dela fossem donos, não gostavam da regra.
E aí começou o problema e a vida na aldeia nunca mais foi a mesma.
Os animais achavam que não, se o mel estava ali era pra encher a pança à fartazana porque o que é bom é para se comer.
E o mel era do melhor. E brilhava...
Assim juntaram-se e disseram ao grande chefe que não, a partir de agora as regras mudavam.
O grande chefe ainda tentou dizer que não podia ser, que não o fizessem que assim iam escassear os recursos no futuro e a aldeia ia sofrer, a sua aldeia.
Ainda os lembrou que eles eram só convidados, que na realidade não eram os donos da aldeia.
Nada resultou.
Os animais da floresta não queriam saber, iam ter o mel todo, desse por onde desse.
Assim, desrespeitando os aldeões que os tinham acolhido, e munidos de pouco escrúpulos, mais parecendo um pesqueiro espanhol em águas lusas, daqueles que aspira o fundo do mar, eis que, dedicaram-se à “apanha” do mel.
Em pouco tempo as colmeias ia definhando e o mel era saqueado a bom saquear.
O mel que outrora corria solto, agora não mais brilhava.
Os aldeões que outrora tinham o seus potes cheios, vazios agora estavam.
A própria aldeia passou a não ter excedente para trocar por outros bens, pois Zé Colmeia e os animais da floresta tudo arrasavam.
Os aldeões andavam angustiados pois todos sabiam do que se passava mas ninguém ousava enfrentar Zé Colmeia.
Outrora um animal simpático, o nosso Zé tinha-se tornado um animal ganancioso, sem moral e usurpador das boas energias da aldeia.
Fazia lembrar aquele mauzão das cowboyadas de Domingo à tarde que aterrorizavam a cidade fronteiriça de Peco YuppiYaYa MotherFuc**r Ville (Population. 1902)
Todos sabemos o que lhe acontecia quando chegava o John Wayne não sabemos...
Adiante.
Havia quem dissesse que só ele sozinho, já tinha no seu cogumelo 264 potes de mel, cheinhos até acima. A transbordar.
E não dividia com ninguém.
Zé Colmeia achava-se acima da lei da aldeia e ia levando a sua avante.
Até que um dia o amor...
Um dia o nosso Zé estava numa das suas passeatas matinais pela floresta para manter a forma e eis que se enamora por uma ursa muito bonita que por lá andava.
A ursa, usando todos os seus atributos encantou o Zé que ficou caidinho e se demorou mais no passeio.
Enquanto o Zé colhia flores e contava as façanhas, na aldeia...
Os aldeões aproveitando a saída do Zé, mandam um emissário à aldeia mais próxima onde havia uma loja das chaves do areeiro.
O emissário explica que era uma questão de vida ou morte e pede urgência, antes que o grande urso volte.
Pelo trabalho vai logo prometendo, um pote de mel e não se fala mais nisso.
Os chaveiros atraídos pelo mel, acorrem à aldeia e em menos de um nada, entram no cogumelo do Zé.
Ao abrirem a porta, espanto, indignação, raiva.
Os tais 264 potes de mel.
Quase não havia espaço no cogumelo tamanho era o saque.
Era verdade, Zé Colmeia açambarcava potes como se não houvesse amanhã.
Os tipos da chaves que não vão em cantigas tinham que ser pagos, que lá indignação não é com eles.
Mas porque a indignação dos aldeões era grande, ficou acordado que o pagamento seria não um mas dois potes de mel.
Dos do Zé, pra não ser garganeiro...
E agora o que fazer com este malandrim gritavam os aldeões.
-Obrigamos a devolver o mel, gritavam uns.
-E se o cobríssemos de mel e o expulsássemos diziam outros.
Isso não, que o tipo é capaz de se vitimizar.
Conferenciaram e decidiram...
Quando Zé regressou do seu namoro matinal, a aldeia não era mais a mesma.
Estava diferente.
Ninguém no riacho, ninguém na rua, nada, só o vento.
Só não havia rolos de feno, porque não era época...
O Zé de inicio estranhou mas não ligou.
À medida que ia entrando na aldeia a estranheza ia-se tornando medo, muito medo, pois o barulho do silêncio era uma coisa ensurdecedora.
O que estaria a acontecer pensava o nosso Zé Colmeia.
Silêncio, vazio, desespero.
Ninguém, nem vivalma.
Estariam os aldeões a preparar um ataque aos seus potes?
Teriam contratado um urso maior para o enfrentar?
Tudo isto mais parecia um terrível episódio de The Twilight Zone, ou do Lost...
E agora menino e meninas?
Será que o Zé está preparado para o que vai acontecer?
Será que o Zé vai manter os seus potes?
Será que o Zé vai ter vergonha? A resposta para esta eu sei...
Só o tempo o dirá.
O tempo e eu, que sou o autor desta inverosímil história na aldeia mágica dos Rotalumis.
Não percam então o próximo e final capítulo desta aventura fantástica, com animais falantes, mel, casas em forma de cogumelos e muito, muito mais.

terça-feira, agosto 16, 2011

550 Visitas em 48 horas

Caros Amigos Ouvintes,
Não posso deixar de assinalar as 550 visitas que o último texto "Felizmente há Luar" teve em apenas 2 dias.
550 visitas em 2 dias promete luar...
Obrigado Amigos Ouvintes
Até já

sábado, agosto 13, 2011

Felizmente há Luar

Boas tardes Amigos Ouvintes.
Hoje trago-vos um pouco de história como introdução a mais uma saga das Camionetas.
Vamos a isso? Em frente então.
Em 1817 tem lugar nesta pátria Lusa a chamada “Conspiração de Gomes Freire”.
E o que foi a dita conspiração, perguntam os Amigos Ouvintes.
A “Conspiração de Gomes Freire”, encabeçada pelo próprio, Gomes Freire de Andrade, teve como objectivo último a deposição do Príncipe regente João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança, mais tarde conhecido por Rei D. João VI
E quem foi este homem a quem a História intitulou de “O Clemente”.
Todos os autores, baseando-se nos depoimentos daqueles que o conheceram de perto, falam de um Rei cheio de bondade, carácter e afabilidade, com visão de estadista, resguardando a coroa portuguesa das humilhações sofridas por outras monarquias europeias, além de enfatizar o senso de responsabilidade política e as preocupações sociais do monarca.
Enquadrados? Continuemos.
A tal intentona não leva a melhor, e depois de muito sofrimento por parte do povo, os seus líderes, que queriam criar um poder absoluto e sem carácter, são apanhados e condenados à morte.
Antevendo muitas execuções, pois era preciso cortar o mal pela raiz, D. João VI faz uma nota ao superintendente da polícia, D. Miguel Pereira Forjaz, ordenando que este prolongue as execuções pela noite fora de modo a garantir o extermínio dos revoltosos.
Dizia a nota -
“É verdade que a execução se prolongará pela noite, mas felizmente há luar”.
E é com base nesta belíssima frase que iniciamos hoje mais uma história inverosímil da camionagem.
Apertem os cintos e aí vamos nós, sempre à luz da lua.
Os tempos corriam cada vez mais estranhos na CACA.
Os camionistas em geral já não acreditavam, nem nos druidas, nem nas suas poções mágicas.
O descrédito era total e os druidas tinham consciência que tinham perdido a maior parte dos Condutores.
É certo que estes líderes ao terem iniciado funções, muitos tinham enganado, pois eram vistos como “dos nossos”, gente conhecida, em quem se podia confiar, pois eram amáveis, fraternos e amigos.
Possuíam portanto todas as qualidades de um Golden Retriever, mas em duas patas, sempre com aquele sorriso amigo e o ar risonho e pateta de quem nos quer afagar e ser nosso amigo.
Sem dentadas.
Mas as dentadas viriam, se viriam.
Vamos desenvolver a história e já vão ver.
Adiante.
O tempo vai passando, os druidas vão-se sentando melhor e eis que os caninos vão aguçando, qual filme de lobisomem juvenil série B.
A crise económica para que entretanto o país vai sendo arrastado, não ajuda, pois perante tal hecatombe financeira, o melhor caminho para a carteira seria o apego incondicional às cadeiras druidais, custasse o que custasse.
Nem que custasse amigos, honestidade intelectual, e coluna vertebral.
Mais hérnia, menos hérnia, a coisa havia de se arranjar e mais vale kwanzas no bolso à tripa forra que o seguro depois logo paga o tratamento à cervical.
Fazendo lembrar inclusive, mais um episódio da nossa história em que os seguidores de D. Miguel, irmão/inimigo de D. João VI eram apelidados de “Os Corcundas”, por baixarem a cerviz, fazendo vénias ao poder real absoluto.
Assim, as atitudes dos nossos “Corcundas” foram-se alterando com casos a sucederem-se.
Perseguições, delações, tratamentos diferenciados, e nenhuma vergonha na cara eram os motes da conspiração que estes druidas "Corcundas" levavam a cabo.
Conspiração contra a decência, a moral e a vergonha. O vale tudo estava instalado.
E valia mesmo.
O druida grande, segunda figura na hierarquia do poder, era na realidade o cabecilha da coisa, levando por arrasto os druidas chefes da camionagem pesada e da ligeira.
O da pesada, rapaz outrora visto como um tipo fiável e amigo, já não enganava ninguém.
Mostrava-se indignado em sessões da UPA em que era confrontado com recibos de kwanzas extra, e fazia a fuga para a frente ancorado em tecnicidades sobre a obtenção desses mesmos dados.
Mais ou menos como agora os vândalos da velha Albion virem dizer que não podem ser julgados porque as câmaras que gravaram não são legais.
Muita escola...
Tinha chegado ao ponto de ir a tribunal mentir para tentar com que um colega fosse despedido.
Mentir a bom mentir, como só os profissionais da coisa sabem fazer.
Ou os estudiosos...
Qual o crime do tal colega perguntam os meus amigos?
Numa tarde de paragem laboral legalmente convocada, o dito criminoso tinha tido a infelicidade de aceder ao sistema de camionagem para visualizar o que se passava.
O que se passava era que dois dos seus colegas, escamoteados numa unidade hoteleira da capital, fazendo tábua rasa de toda a legalidade, eis que despachavam os planos de viagem de centenas de camionetas.
Dois deles a fazerem o trabalho de muitos.
Deve ter saído coisa bonita...
O que saiu mesmo feio foi o nosso criminoso, que infelizmente foi mandado para casa sem direito a contraditório.
A justiça, tantas vezes incompreendida, lá se portou bem e uma providência cautelar foi aceite, de modo que o rapaz em casa ficou, mas kwanzas para o cerelac das crianças sempre foi havendo.
Na sessão em tribunal, o nosso druida da pesada apresenta-se num belo fato escuro e reforça que a entrada no sistema, foi das piores coisas que se podiam fazer.
Por pouco não houve uma hecatombe global, com Camionetas chocando umas nas outras, lançando labaredas mil, num espectáculo de luz e fogo, só comparável aos fins do ano, naquela ilha do atlântico, governada por um senhor simpático que também desfila no Carnaval.
Kwanzas a quanto obrigas.
E a cervical ia cedendo...
O druida da ligeira, esse vivia outro drama.
Sempre tinha sido mais inteligente que os outros e tentava manter a postura de amigo fiel e companheiro. A tal de Golden Retriever.
Mas os kwanzas eram os kwanzas.
Aos poucos ia-se incompatibilizando com tudo e todos, amigos de longa data inclusive.
Quem o ouvisse falar, ficaria com a nítida noção que todos eram bandidos à excepção dele próprio que carregava uma aura de justiça e dignidade sem igual.
E muito a apregoava.
Normalmente é assim...
Aliás, quem o ouvisse, não conseguiria afastar da sua cabeça aquela imagem do tipo que vai na auto-estrada e que se interroga porque raio vai toda a gente em contramão.
Coisas do código da estrada, e de outros códigos, já esquecidos pelos druidas.
A coisa tinha chegado a um ponto que os seus ajudantes de campo tinham dito um basta.
Não estavam para continuar conotados com aquela trapalhada e eis que se demitem, tentando não perder a dignidade.
O nosso druida, confrontado com este problema, começa um périplo de convites tentando recrutar para a função algum rapaz mais desavisado.
Mas as notícias viajam mais rápido que os raios de sol e ninguém do seu circulo mais próximo queria ficar colado às diabruras que se iam cometendo.
Não percebendo a mensagem e achando que a demissão era para os fracos, sim que os kwanzas aqui não têm lugar, o nosso druida resolve montar uma escala de serviço em que a cada dia um dos rapazes ajudantes estaria incumbido das práticas druidais.
Assim foi vivendo durante meses, mas não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe e tentando uma acção de último recurso, qual clube de futebol russo em que a habilidade é pouca mas os Rublos abundam, eis que recorre à contratação de um ponta de lança de craveira internacional, sem ligação ao clube, mas com pergaminhos de goleador.
Rapaz esse que teria sido uma antiga escolha para o cargo, mas que por uma questão de cervical, havia sido preterido.
Uma aliança improvável, mas a realpolitik é isto mesmo.
E a cervical ia cedendo...
Seria este o apaziguador da claque, já tão desavinda ou apenas mais um balão de oxigénio para a manutenção do status quo?
E a cervical deste reforço de fim de época, manterá a firmeza?
O tempo nos trará a resposta.
E com a história já longa eis que chegamos ao nosso druida grande, o chefe da pandilha de saqueadores.
Este tinha sido a desilusão maior de muitos camionistas.
Anteriormente fora um rapaz decente e cheio de energia positiva, sempre gerando simpatias e unanimidades.
Hoje estava mudado.
Não compreendia a diferença de opiniões, não compreendia que os kwanzas não eram tudo.
Vivia enclausurado nas Cabines-Simulador, aquelas em que os camionistas treinam para saber o que fazer quando salta uma roda, mostrando toda a sua sapiência e iluminando o caminho dos seus pares.
De tal modo vivia obcecado pela iluminação dos caminhos alheios e ensino da arte, que quis o destino que o nosso druida estivesse numa Cabine-Simulador, na precisa hora em que a sua continuação neste mundo de Deus visse a luz do dia.
Ele, que poderia estar a acompanhar o nascimento de uma nova vida, a continuação da sua, por dedicação à causa não estava.
Poderão os Amigos ouvintes não entender a opção, mas o que é isso de assistir ao nascimento de novas vidas senão coisas de poetas e líricos, comparado com a nobre missão de ensinar mais uns camionistas a levar a missão a bom porto.
Ah e os kwanzas claro está….
E é num desses Camiões-Simulador que acontece a última tropelia e a mais recente coincidência.
Os intervenientes?
Um Camionista-Principal, Homem alto e de nome sonante, provecta idade, cabelos prateados de sabedoria acumulada, um Senhor, com as suas manias, quem as não têm, mas um Senhor e do outro lado, o druida grande.
A esse Homem, de méritos e serviços firmados no seio da CACA, com um passado de dedicação à causa CACAL, é marcada por coincidência uma sessão de Camião-Simulador em que será avaliado nas suas aptidões para a Condução, pelo tal druida.
Coincidências do sistema, pois o facto de haver uma acção judicial que opunha o nosso camionista à CACA, CACA essa representada pelo druida, nada podia ser senão uma terrível coincidência.
O nosso Camionista, do alto dos seus cabelos brancos não achou graça à coincidência e aquando do encontro, apresenta os respeitosos cumprimentos, mas recusa-se a estender a mão ao druida, pois não embarca em velhacarias e tem-nos no sitio.
É compreensível que não estendesse a mão, pois é a mesma que acaricia os que lhe são queridos.
Há que ter mínimos...
O druida inicialmente enfurecido diz que sem bacalhau isto não vai.
O nosso Condutor, olhando de soslaio diz que nem pensar, considere-se cumprimentado e que por ele está tudo sanado, vamos lá tratar do Camião-Simulador, mais trabalho e menos conversa, faz favor.
O druida grande, esperto e maquiavélico alude à sua grande sensibilidade e dá por terminada a coisa, pois diz não ter condições psicológicas para continuar.
E promete vingança.
E a vingança chegou.
Usando os meios CACAIS ao dispor eis que toma lá um processo disciplinar por não me teres estendido a mão.
Para aprenderem que comigo ninguém brinca e bacalhaus enquanto te espeto a faca no rim é que é.
Tenho a certeza que irão invocar mais meia dúzia de razões, mas a verdade é esta, não me estendeste a mão, eu não brinco, porque fiquei magoado e alterado psicologicamente.
Bonito sem dúvida.
E dá que pensar, pois quando vierem aludir ao facto que o druida grande deixou de ter condições psicológicas para a coisa, devido a um simples aperto de mão, ou à falta dele, estaremos perante um caso bonito nos media e que irá arrepiar o comum dos cidadãos.
Que pensará o povo unido do perfil dos condutores e instrutores da CACA, quando se deixam alterar por uma minudência destas.
E que fará este druida um dia que algo realmente grave aconteça, um problema técnico a sério.
Ou um dia em que alguém que viaje na Camioneta lhe faça frente, que acontecerá e que fará o nosso druida?
Xixi talvez...
Mas o povo será o melhor juiz, porque estas coisas são difíceis de manter escondidas.
E o nosso druida mor perguntam os amigos?
Sei lá, anda desaparecido.
Entretanto os homens da UPA mandaram uma comunicação em que mostram que havia alguma rapaziada que pegava nas Camionetas e entrava em terras estranhas munido de documentação assim-assim, mais ou menos e tal, coisa mesmo...
Não pega bem e caso houvesse algum druida da CACA que lesse estas histórias, deixaria aqui um conselho, que seria o de pouparem nos kwanzas dos aumentos druidais e reverterem esses mesmo kwanzas para a compra de documentos tipo...legais.
Mas isto é muita petulância da minha parte pois bem sei que estes pequenos contos nenhuma repercussão têm e por isso remeto-me ao silêncio.
E no meio desta história toda, de tanta trapalhada, de tanta cervical moída, volto à citação inicial, complementando-a com outra de D. Carlota Joaquina, mulher de D. João VI, que ao ver que tem que ajudar seu marido, dirige-se a um dos Generais e diz, “Vá e corte-me, corte-me cabeças” e, tal como D. João previa felizmente havia luar e as cabeças rolaram.
E nós, vamos cortar cabeças ou vamos deixar a lua cheia passar?

quinta-feira, julho 28, 2011

As 10 Maiores Mentiras e Autojustificativas Druidais

Uma compilação de frases que todos nós já ouvimos pelo menos 1 vez, ou 2, ou 50...
Vejam lá se não é.


01. Não estou vendido ao Sistema. Estou a combatê-lo por dentro.

02. Se eu não aceitasse, eles dariam o cargo a outro e seria pior.

03. Não fui eu que fiz o mundo.

04. Agora não posso mais recusar.

05. Eu nem sabia o que estava a assinar.

06. Ordens são ordens.

07. Faço isto porque sou teu amigo.

08. Eu não gosto disto, gosto mesmo é da "linha".

09. A mim não me compram, a minha dignidade está acima disso.

10. Eu não fui aumentado.