segunda-feira, abril 05, 2010

O Continhas - História de uma Traição

Conta-se que uma cobra vivia próximo de uma joalharia.
Certa vez, morta de fome, entrou ali, procurando restos de comida.
Não tendo encontrado nada, põe-se a roer desesperadamente uma lima.
A lima então diz: que pretendes tu, infeliz?
Não vês que sou feita de aço?
É que assim, sem me prejudicar, estarás prejudicando a ti mesma?
Percebes que logo não terás dentes para usar, e eu continuarei a mesma?
Esta história fala-nos daqueles que só sabem criticar e é com base nisso que arranca mais uma história ficcional da camionagem.
O ciclo estava a terminar e a UPA tinha passado por uma reestruturação imensa.
Tinha sido um caminho difícil, muito difícil.
A Cúpula dirigente estava extenuada das batalhas travadas.
Não, não tinha sido a CACA a causadora de tal estado.
Os principais inimigos, as principais batalhas, tinham sido mesmo com alguns Condutores sem vida própria.
As batalhas fratricidas são as que mais nos custam e as que mais nos derrubam.
Nunca tendo superado a perda do brinquedo, alguns Condutores tinham-se envolvido em guerrilhas sujas, tentando ligar a UPA a tropelias mil.
O problema inicial, nunca resolvido e recorrente era o Continhas.
Eu avisei que íamos voltar falar dele...
O Continhas, vivia na CACA desde tempos imemoriais e ao longo dos anos tinha criado uma vasta rede de inimizades.
Estranho? Talvez não, pra quem conhece esta plebe.
Tinha queda para os números e falava com aquela sobranceria de quem sabe sempre mais do que nós sobre o tema, o que irritava muitos Condutores, que habituados à bajulação diária, estranhavam a atitude.
Eles que até liam O Económico, negociavam spreads fabulosos no banco e condições ímpares na compra do automóvel, enfim, magos das finanças.
Nos números ninguém me ganha e agora vem este “Doutor” dizer-me que não presto.
Era o que mais faltava.
Se ele é tão bom, gostava de o ver a ter água, luz e Tv sem despender um tostão como lá em casa, sim que neste mundo de tótós só paga quem é tolo e eu pago os contratos que quero.
MBA, my ass.
Pois, mas a vida empresarial não se deixa impressionar com as capacidades mirabolantes de quem consegue spreads de 0,5% de modo que era preciso um pouquinho mais para fazer frente a negociadores experientes.
É que enquanto muitos de nós estavam a tratar da sua vidinha, o Continhas foi estudando umas coisas e lendo uns livros.
Não se dedicou à escalada ocasional nem tão pouco à criação de equídeos.
Estrumeiras e badalhoquices não era com ele.
Era um citadino e assim se conservaria, sem entrar pelos devaneios rurais de outros.
O seu mundo era e seriam sempre os números.
Ainda por cima acumulava as boas contas com a boa condução.
Que raiva deste gajo.
Em tempos passados tinha sido recrutado pela UPA para lutar pelos Condutores e muito do que a rapaziada tinha actualmente, a ele se devia.
Conseguiu à custa de muito saber, fechar um acordo, acordo esse ainda em vigor.
O acordo contemplava melhores condições de vida, com os condutores a terem mais tempo com a família, tacografos melhorados e regras rígidas de não perturbação do sono.
Mas a memória dos homens é curta e a ganância varia na razão inversa.
Depois de ter sido útil, tal qual pano velho, havia agora que o chutar pra canto.
Enquanto serviu era o maior, agora remetê-lo à condição de proscrito era a solução.
O Continhas não gostou e saiu a esbracejar, mas ninguém acreditava, já que os que ficaram, entretiveram-se a denegrir a sua imagem durante anos para que a proscrição fosse maior e assim justificarem os seus actos.
Até quem não o conhecia, já ia com cuidado.
Coisinha honrada pra se fazer a um dos seus pares.
Tem graça que o acordo além de todas as regras enumeradas, incluía igualmente mais Kuanzas para a rapaziada.
Já diz o povo, visteze-os?
Pois, os Condutores também não.
É que os que ficaram à frente da coisa, resolvem convocar uma reunião da UPA com meia-dúzia de Condutores amigos e impugnam a parte dos Kuanzas que tinha sido aprovado por larga maioria anteriormente e que até já estava assinada.
Coisa estranha, mas estranhos são igualmente os desígnios da humanidade e duma casa em que se gastava 25 Kuanzas por dia em papel de folha dupla pra limpar o rabiosque, tudo se pode esperar.
E foi aí que começou a conversinha do....Não é a altura..., conversinha que virou moda, serviu de guarda chuva para muita coisa e albergou vários patriotas durante anos.
Diz-se que foi à troca de outros mundos, mas tal não passava de especulação.
O Continhas andava revoltado mas nada podia fazer.
Estoicamente, pegava no seu TIR e cumpria.
Sempre cumpriu o que irritava ainda mais os que o denegriam.
Dizia-se dele o que Moisés não disse do toucinho, que era o Anti-Cristo renascido e que tinha como plano maquiavélico o fecho da CACA, e claro está o domínio do mundo por arrasto.
Esse domínio aconteceria através de uma base submarina secreta, onde rodeado de beldades em fatos de lycra muito justos e de um anão zarolho, careca com dentes prateados, tocaria em botões luminosos que fariam coisas acontecer, enquanto o seu riso maquiavélico ecoaria por todo o oceano.
Os Condutores foram comendo, cantando e rindo...
Entretanto a UPA mudou e a rapaziada que assumiu não era de acreditar em balelas.
Contra tudo e todos pediu ajuda ao Continhas.
Ai, que vocês não vão ter mão nele, era o que se ouvia.
Ai, que vem aí o Demo encapotado.
Não, não era o Demo que andava encapotado como veríamos mais à frente.
Os que não tinham outros argumentos, esgrimiam aquela básica que diz, eu não tenho nada contra ele, mas o tipo gosta é de dinheiro...
Sim, que o cerelac dos meninos e as idas ao Café Photo são pagas em galinhas vivas queres ver.
Dinheiro é feio e eu sou mais da troca directa.
A vida no entanto mudava e as mentalidades também.
A rapaziada que tomara conta dos destinos da UPA, tinha-o feito por escassa margem é certo, mas mesmo assim mais que suficiente.
Continhas contratado e vamos em frente.
Socorrendo-se da tal base secreta do Continhas e dos botões luminosos, fecharam acordos com a Yuppi, com a Viriato e finalmente com a CACA.
O “Acordo Velhotes” foi pro papel e tudo conseguido sem a falência anunciada.
O Continhas lá do fundo do oceano ia fazendo as suas tropelias, apertando os seus botões luminosos e as coisas aconteciam.
Porém, uma falha grave a assinalar, beldades em fatos de lycra, nem vê-las, zero, nada.
Já quanto a anões, não de corpo mas de espírito, ainda apareceram alguns.
Os arautos da desgraça, de megafone em punho podiam descansar, o fim não estava próximo.
Mas descansariam?
Quando a paragem das camionetes esteve iminente, episódios caricatos aconteceram.
Desde Condutores-Principais a enviarem mensagens electrónicas azedas e intimidatórias, até um Condutor-Ajudante que querendo pôr-se em bicos de pés vinha agora incitar os seus iguais a furar a dita paragem.
Supra-sumo da badalhoquice.
Mais uma vez a conversa, que não era a altura e tal, que havia que ter postura perante as dificuldades da Pátria.
Não deixava de ser engraçado tal discurso vir de quem se dedicava ao fomento de um jogo ilegal, jogo esse que consistia basicamente em roubar os amigos, ludibriar os conhecidos e tentar atrair os incautos para uma ratoeira de ilusão e mentira.
Lucros mirabolantes eram anunciados.
Jogo de ciganos, ladrões e vigaristas e a quem as autoridades já seguiam o rasto.
Alguns Condutores da CACA, quais foragidos, já dormiam em parte incerta tal era o nível que a coisa tinha atingido.
Enfim, um embusteiro travestido de virtuoso, tal qual vendedor do elixir mágico do velho oeste.
E nós sabemos o que a populaça fazia a esses não sabemos?
Alcatrão, penas....
Mas enfim, de personagens menores não rezará a história e fica apenas o apontamento lúdico.
A paragem tinha sido desconvocada e vinha agora uma parte igualmente importante e tão temida.
Depois do novo acordo assinado, havia que puxar o tapete ao Continhas e deixá-lo sem Kuanzas.
Mas por onde vamos pegar gritavam os Contristas.
Depois de muito pensarem era óbvio.
Ora se o acordo de camionagem era uma partilha de Kuanzas novos, o que o Continhas conseguiu não é mensurável, logo...
Somos ou não somos geniais.
Sim que não é à minha conta que esse rapaz vai comprar uma casa nova e Camões quando terminou a odisseia definiu muito bem naquela última palavra o nosso fio condutor.
Não pode haver Kuanzas pro Continhas tornou-se o novo mote.
É muito caro, eu não pago, comigo não contem, saio logo da UPA e entrego o excedente de Kuanzas àquela instituição lá do bairro.
A ideia peregrina sempre foi, se o Continhas é Camionista, tem de fazer tudo pelos Camionistas sem levar nada a ninguém.
Bela teoria, brilhante até.
Eu que sou camionista e tenho uma loja de queijos, agora tenho de dar do meu Chèvre a outros camionistas.......porque sim.
Ainda bem que não tenho um bar...
Parece que era essa a regra.
Claro que a ser implementada teria de ser alargada aos muitos que fazem os chamados “Bicos” em Camionagens mais leves, ensinando jovens aprendizes de Camionistas a singrarem na vida dos TIR.
Não se sabia exactamente as condições de trabalho destes nossos amigos, mas concerteza que o faziam em regime pro-bono, tal é o desdém que sentem a quem ganha Kuanzas com o seu saber.
Contradições a quanto obrigas...
E era assim, no meio deste rebuliço, que se iam preparando para numa qualquer reunião da UPA, tentar mais uma vez que a inteligência dos Camionistas fosse arrastada pela lama em discursos inflamados e deturpações da realidade.
Afinal, era sabido que alguns mais iluminados até teriam preferido alguém que soubesse menos da poda, até poderia ser mais caro, mas o Continhas com os bolsos com Kuanzas é que não.
Se a UPA na sua maioria tinha decidido, isso não era um problema deles, eles não pagariam.
Regra aliás usada por todos nós que não gostamos de pagar impostos e lá porque uns maduros decidem que tem de ser, agora íamos pagar também queres ver.
Não queremos, não pagamos.
Paguem os outros que democracia assim não me dá jeito.
Se isto tudo não fosse ficção, pela minha parte estaria decidido, pagava e ainda agradecia.
Querem queijo, vão comprá-lo.

24 comentários:

  1. Rato estás refinadíssimo. Brilhante.
    É verdade... a história da UPA esconde muita coisa suja. Negociatas secretas. Negociatas de notáveis. Coisas do passado. Muitas coisas que me passaram completamente ao lado. Acordos secretos para os quais eu nunca fui tido nem achado. Coisas que aos poucos e poucos estão a vir à tona.
    A verdadeira motivação dos contristas é puramente óbvia. Ou alguém acha, por exemplo, que um criador de equídeos resolve ressuscitar após muitos anos de agruras rurais (como quem não quer a coisa), só porque a sua intervenção é para benefício de todos os condutores??!! Sim, sim... desenganem-se... é vingança pura e dura. Objectivos meramente pessoais. É um ajuste de contas. Mas como ele há vários. São nojentos. É que uma coisa é ser do contra (de uma forma construtiva) e outra é ser do contra, só porque sim, seja qual for a razão.
    "Os manos que dirigem a UPA não podem levar a deles avante. São uma cambada de ingénuos. O Continhas é um usurpador. Há que denunciar o contrato do Continhas... tribunal já."
    No que me diz respeito, eu pago, ergo as mãos e dou graças aos druidas por ter tido à frente da UPA uma cambada de teimosos, "reaccionários" e "ingénuos" que finalmente souberam dar um murro na mesa e inverter o rumo do social-porreirismo... uma quase inevitabilidade a que estaríamos destinados.

    ResponderEliminar
  2. A inveja é a força mais poderosa e auto destrutiva criada pelo homem. Combinada com a mediocridade, torna-se absurda e ridícula.Esta saga poderia ter acontecido na antiguidade grega.

    ResponderEliminar
  3. "Ambição é querer-se mais do que aquilo que se tem. Cobiça é querer-se o que os outros têm. Inveja é querer-se que os outros não tenham e pagar um preço pessoal por isso. É também o cúmulo da idiotice."

    Aristóteles

    ResponderEliminar
  4. O invejoso sente-se insultado e ofendido com o sucesso dos outros, mesmo que lucre pessoalmente com isso. Sente-se diminuído na sua condição de fracassado. Não consegue olhar-se ao espelho, nem justificar-se perante a sua família e amigos (os poucos que consegue ter). As suas armas são a insídia, a calúnia, a perfídia, a traição e a agregação em manadas descontroladas. Em geral, o resultado das suas acções não são duradouros. Porque a verdade é como o azeite: vem sempre à superfície, mais tarde ou mais cedo.

    ResponderEliminar
  5. Esta crónica também se poderia intitular "Anatomia e fracasso da inveja".

    ResponderEliminar
  6. Os Contristas guiam-se pela cartilha do Goebbels (Ministro da propaganda de um rapaz que guiou a Europa para o desastre): "Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade"

    Isto verificou-se ser mentira. Estes rapazes acabaram mal. Suicidaram-se e os seus corpos foram queimados com gasolina para não serem exibidos à populaça. Um exemplo instrutivo para os Contristas, que têm alguma dificuldade de aprendizagem ou desconhecem a história.

    ResponderEliminar
  7. O problema do Continhas não é só a inveja. É que se lhe atribuírem algum mérito e valor pelo seu trabalho, desvaloriza a antiga prestação dos Contristas e da 27ª DA. Mostra que afinal teria sido possível fazer muito melhor do que realmente foi, com um custo ínfimo relativo aos resultados obtidos. E levanta muitas dúvidas sobre porque razões, afinal, não se fez mais e melhor nos últimos dez anos. Pergunta-se que outros mundos circularam por baixo da mesa. E mostra que as histórias que nos contaram eram pura fantasia interesseira.
    Mas o principal problema é o colapso do plano a 15 anos da 27ª DA de controlo da CACA, através do controlo da UPA, e o fim das ilusões destes pategos que julgavam que tudo lhes era devido sem esforço e sem integridade. Leram o Maquiavel ao contrário.

    ResponderEliminar
  8. Os da 27ª DA tinham o plano a 15 anos de controlo da CACA, como o plano milenar do sujeito que não gostava de judeus. Para o executarem tinham que tomar de assalto a UPA. Mas para serem levados a sério pela CACA e terem credibilidade junto dos condutores precisavam do Continhas. Usaram-no apenas para levantar problemas à CACA. Esses problemas seriam resolvidos mediante contrapartidas pessoais e intransmissíveis, como a colocação em tachos de poder na CACA. Ao Continhas restavam duas hipóteses: ou alinhava nos "esquemas" pessoais que lesavam os condutores, em geral, apesar do benefício dos da 27ª DA, ou seria cuspido. Numa manobra de antecipação, diriam cobras e lagartos dele para que ninguém ouvisse o muito que sabe àcerca das manobras desta seita e que envergonham o mais sórdido dos vermes. Há muitas revelações que os preocupam porque os vão consumir...lenta e dolorosamente. E lá se vai o plano dos 15 anos. Enfim, estão a descobrir que no fundo do túnel há sempre outro túnel e que no fim do último...há um pântano onde se vão afogar.

    ResponderEliminar
  9. É possível enganar alguns durante algum tempo. Mas não é possível enganar todos durante todo o tempo.
    Os Contristas exploram a inveja para atingirem desígnios insondáveis e obscuros: os seus e de mais ninguém. As almas mais distraídas e ingénuas são apenas um joguete na mão destes manipuladores profissionais. Mais tarde seriam descartados ao sabor das conveniências dos líderes da seita.

    ResponderEliminar
  10. Há uma contradição no pensamento dos Contristas. Por um lado, querem que o Continhas lhes dê mais Kuanzas. Mas por outro lado, fingem que desprezam os Kuanzas para não terem que pagar o que é devido a quem os proporcionou. Será hipocrisia ou inveja? Ou é apenas a alucinação de um almoço grátis?

    ResponderEliminar
  11. Mto BOM uma ficção que me parece realidade,embora saiba que no mundo dos camionistas isso seria impossivel.

    ResponderEliminar
  12. Os argumentos dos Contristas têm aspectos originais e aspectos bons. Infelizmente, os aspectos originais não são bons e os aspectos bons não são originais. São a lama dèjà vu, requentada e fétida onde pululam os vermes rastejantes.

    ResponderEliminar
  13. O Continhas não pára de fazer tropelias lá na base submarina secreta. Todos sabemos que além dos botões luminosos, o Continhas se entretinha a comer criancinhas ao pequeno-almoço. Agora evoluiu para uma ementa mais rica e variada. Come Contristas ao pequeno-almoço e Guevaristas ao almoço e jantar. O problema é que estas são espécies subaquáticas em vias de extinção e não se perfilam outras espécies que os substituam nesse meio.

    ResponderEliminar
  14. O criador de equídeos é aquele eminente causídico, doutorado na universidade do além, chefe da autoproclamada associação dos "condutores sem horizontes", com sede no seu domicílio, e que pedia aos ajudantes de condutores que levassem bombons brilhantes para Madagáscar, sem que eles soubessem? Que lhe dói as costas e tem subsídios para comprar uma carroça, sem que os tributários saibam disso? E que se arvora em sumo moralista, dono da ética do pau oco? E que organizou o jantar na estalagem, através do pagamento indigesto de 7,5 Kuanzas, pelo aluguer da sala de reflexão? E que se queria ir embora aos 55 e agora quer continuar até aos 80, depois do acordo velhotes? E que com o Amo do Batráquio deu cabo da Yes Weekend? E que pensa que engana meio mundo? Pobre tolo. Vai ter um triste fim.

    ResponderEliminar
  15. Fantástico,mas a realidade ultrapassa a ficção.A memória dos homens é curta,espero que não nos deitemos a descansar,sobre os Kuanzas,e deixemos outros tantos ou mais Kuanzas fugir,e deixar que Guevaristas e Contristas alcancem à conta das mentiras e traições,os Kuanzas que só a eles lhes foram prometidos.

    ResponderEliminar
  16. El-Rei D. Sebastião7 de abril de 2010 às 21:29

    Como pode um Condutor deter uma classificação A, na avaliação física anual e ser simultaneamente considerado necessitado, com direito aos subsídios para carroças e outros bens de primeira necessidade?
    Mais um caso na linha filosófica de "contrato-a-àgua-e-luz-e-pago-se-quiser-para-isso-é-que-existem-os-tribunais" da autoria do seu amigo e amo do Batráquio, o Lone Ranger.
    E o que dizer das tentativas de descredibilização da UPA, passando informações, em real-time de dentro das reuniões magnas e distorcendo a realidade junto dos amigos, concerteza de ocasião e que não se abstêm de o comparar a motorista de ciclomotor ou equiparado, que prontificam nos pasquins mais lidos ou em programas de opinião, pouco avalizada.
    A vida da estrada ensina e os Condutores já não se deixam enganar por estes contristas (com letra pequena) que sempre tentaram manipular a báscula em favor das suas camionetas.

    ResponderEliminar
  17. O Continhas é caro? Então e aqueles dignitários muito mais caros que sugaram a UPA e nada deram aos condutores? Aos da Viriato e aos da CACA. Como por exemplo aquele processo que custou a cada condutor 3.800 Kuanzas (mais juros de mora)e que foi perdido pelo famoso jurista Parreira em todos os juízos, até na Europa, humilhando publicamente todos os Condutores. E os contristas não tugiram nem mugiram e até agradeceram. Com cara alegre. Foram eles os mentores destes processos - amo do Batráquio e Guevarista à cabeça. São mesmo uns imbecis invejosos sequiosos do pequeno poder.

    ResponderEliminar
  18. Não pagam? Então, ou devolvem à UPA o que vão ganhar a mais(o que é um excelente negócio para a UPA) ou são corridos, o que é melhor ainda já que é um alívio para os condutores honrados não terem que os aturar mais. E depois vão roubar-se uns aos outros para a estalagem.

    ResponderEliminar
  19. Caros bloguistas, até hoje tenho estado mudo e calado a ler tudo aquilo que se tem escrito neste blog. Tenho dado umas boas risadas.
    Mas depois de ler as palavras do "El-Rei D. Sebastião", não pude deixar de escrever aquilo que me vai na alma.
    O tal condutor que ele fala, também conhecido por ser um famoso criador de equídeos, é um manipulador da pior espécie. Foi mais um que após anos de imensa penumbra (alguém tinha ouvido falar dele antes?) se lembrou de começar a "gritar". E vai daí decidiu iniciar uma astuta, cobarde e infame empreitada. Foi autor das maiores tropelias e bufou para tudo quanto era sitio.
    Obviamente que existem interesses pessoais por detrás das suas reais motivações. Mas a história também já nos provou que não seria de esperar outra coisa. Casos parecidos com os dele infelizmente abundam no reino das nossas estradas.
    O nosso protagonista foi (e julgo que ainda continua a ser) autor de uma das maiores trafulhices que se conhecem. Ele é possuidor da tal licença emitida pelo Instituto Nacional de Condução (licença A = fisicamente apto = habilitado a conduzir TIRs sem quaisquer restrições), e em simultâneo o pobre coitado é considerado um debilitado e um enfermo pelo Estado não descontando o que lhe é devido e ainda por cima recebendo os tais subsídios do Estado.
    Pobre homem... pobre o tanas. Isto é FRAUDE!

    Não me admirava se um dia destes a sua história aparecesse escarrapachada na capa de um jornal...
    Mais um que deu um tiro no pé!

    ResponderEliminar
  20. Claro que ao terem expulsado o Continhas da UPA em 1998-99, os contristas/guevaristas esqueceram-se de avisar o pessoal de uma coisa: Quando A CACA e a UPA andaram às cabeçadas, foi preciso chamar uns árbitros que custavam uns Kuanzas largos a dividir pelas duas partes. Foi então cobrada uma cota extraordinaria aos condutores para pagar a conta que arranjaram.Como o Guevarista mais o Lone Ranger aceitaram diminuir a decisão dos árbitros pela metade(sim, eles, já que escreveram para a CACA a confirma-lo dois dias antes da assembleia da UPA onde convenceram os pobres condutores a aceitar essa medida), esqueceram-se de avisar os condutores que afinal a CACA, por essa cedência pagou a conta toda num gesto magnanime. Da cota extraordinária nunca mais ninguém ouviu falar, pensando-se que o destino terá sido tapar o buraco orçamental que arranjaram. Moral? Tem dias! A seguir veio a Yes Weekend...

    ResponderEliminar
  21. 11o baratas não vencem um tigre. Como é
    óbvio. Pobres diabos.

    ResponderEliminar
  22. Há não querem pagar? Ainda bem. Os energúmenos dos contristas todos para a rua. Já. Purga na UPA. Os condutores decentes agradecem.

    ResponderEliminar
  23. Grande Rato! Continuas em grande! Cada crónica escrita por ti podia fazer parte de um livro que contasse a história recente da UPA.
    Já agora, onde pára a lista dos contristas???
    Pois é! Dizer mal é fácil

    ResponderEliminar
  24. Dizem eles que só querem a verdade! Apenas a verdade! Essa é boa...

    Rua com eles. E já agora façam uma nova UPA... até que faziam um favor à classe. Vão morrer de fome...

    ResponderEliminar