domingo, julho 11, 2010

As Ceroulas do Capitão Galvão

“Não te esqueças meu Manholas, que eu já te vi em ceroulas”.

Os Amigos ouvintes, poderão achar esta frase brejeira e popularucha.
Têm razão.
É tudo isso, mas é igualmente verdadeira.
A frase, nascida nos anos 50 numa carta aberta, escrita pelo Capitão Henrique Galvão, ao então todo poderoso chefe da banda, que governava este rectângulo, servirá hoje de mote às três curtas histórias que vos vamos contar.
Os personagens retratados, pela sua menor importância, não ajudam à sátira.
Já a tentativa de se fazerem grandes, é cómica e galhofeira.
Por essas razões não quisemos deixá-los de fora desta odisseia camionistica, uma vez que em qualquer odisseia existem sempre personagens menores, para compor o enredo.
Vamos a isso então, numa jornada pelo baú da desgraça.
A primeira história acontece no ano da graça de 2008, e asseguro-vos que nos deu bastante trabalho de investigação.
Fala-nos de um simpático e educado Condutor-Ajudante, que vai de viagem à terra natal, visitar os sogros e apresentar o seu mais novo rebento, ainda com poucos meses de vida, à família insular.
A dita terra natal, um complexo de nove ilhas perdidas no meio do oceano, onde reza a lenda existiu outrora a civilização perdida da Atlântida.
Aqueles que se lembram do Patrick Duffy e as suas guelras, sabem do que estou a falar.
Adiante.
Acompanhado da sua cara-metade e do recente rebento, preparam tudo com aquela alegria própria de quem vai rever os seus e leva em mãos a mais bela das pérolas para apresentar.
Acordam cedinho, preparam as coisas e dirigem-se ao local de despacho das camionetes.
Chegados lá, eis que o nosso amigo se depara então com a falta do Condutor-Principal, que devido aos inúmeros afazeres, não havia ainda comparecido.
Coisas do trânsito.
O tempo passava e não havia maneira de surgir o dito Condutor.
Tic-tac, Tic-tac, Tic-tac...
Para quem já viajou nas camionetes, sabe bem o tempo que demora a fazer o dito circuito de segurança.
Se já era mau, com aquela mania dos barbudos kamikazes se atirarem contra os prédios, ficou pior.
Uma vez que necessitava de ajudar a jovem mulher com todo o aparato de bibereons, fraldas e afins, eis que o nosso amigo têm a ideia óbvia de deixar um recado com o Condutor-Ajudante, que se prontifica a entregar a missiva ao todo poderoso assim que este chegasse.
Parece lógico não é?
Esperem.
Precisava de um “Amiguinho” era o recado a dar.
O “Amiguinho”, para quem não conhece, baseia-se numa gentileza que a CACA criou em parceria com a UPA para que os condutores se ajudassem uns aos outros.
Alguns condutores no entanto não entendiam que aquilo não era bem deles e que a ideia é facilitar a vida dos colegas, a menos que haja motivo muito forte em contrário.
Então se eu sou dono da Camionete agora não ia ser dono do “Amiguinho” pensavam alguns.
Pois, mas a verdade é que os Condutores-Principais, são apenas gestores dos recursos da CACA e como tal donos de um grande nada, não se devendo deixar influenciar pelos traumas passados, más noites de sono ou vidas sexuais sem sentido.
É difícil compreender? Irra...
Continuando.
O nosso amigo segue para o terminal das Camionetes.
Malas pra um lado, carrinho de bebé pra outro, apalpações várias, a dança das fraldas, choricos pelo meio e lá chega a nossa simpática família a bordo da majestosa camionete pesada.
Lá chegado, querendo agradecer a simpatia, dirige-se à cabine de condução e inicia o beija-mão.
Mal feito foi.
Quem voxelência pensa que é.
Deixa recados como se me conhecesse.
Andámos juntos na escola?
Isto é uma vergonha sem precedentes, você é um mal educado, está-se mesmo a ver a falta de chá.
Normalmente estes “senhores” acham que tomaram muito mais do que os restantes humanos, é um sintoma aliás recorrente.
Maneiras de ver o mundo.
O nosso amigo ainda tenta desculpar-se, dizendo que não, nunca quis faltar ao respeito ao todo poderoso e tal, mas tinha de ajudar a mulher a fazer o circuito das apalpações, com o bebé novito mais a dança dos biberons e uma vez que o Grande Chefe se tinha atrasado, não pôde ficar à espera de sua eminência.
Bom, que isso não era assim, que antes é que era, que isto anda a saque, qualquer dia defecam-nos em cima e os traumitas todos a aflorarem à epiderme.
Para a próxima espera e mais nada, mas vá, ponha-se a mexer e que não volte a acontecer.
Ia o nosso Condutor a abandonar a cabine de condução cabisbaixo quando:
Ouça lá e já agora, com que tarifa rodoviária o senhor se apresentou a bordo?
Ora bem, com a tarifa “Amiguinho” claro.
Mas eu não dei “Amiguinho” nenhum.
Sua Eminência peço desculpa mas a mim na porta de entrada foi o que me deram e foi assim que entrei.
Ai é, muito me conta então, mas não tem problema.
Tal como entrou, daqui se vai apear.
Pegando no trompete real, manda chamar um rapaz terráqueo que carinhosamente escolta o nosso amigo para fora da Camionete.
Reparem bem na beleza do filme.
Um autocarro desloca-se de propósito à camionete, com um terráqueo para escoltar um futuro Condutor-Principal para fora da Camionete.
Belo espectáculo para quem viu de fora, uma história hilariante para ser contada durante as pausas pra café e decerto uma experiência espectacular para um jovem pai que vê aqueles que mais ama a ficarem desamparados da sua ajuda e presença.
Os da CABO sem saberem o que dizer, encavacados com a situação, a verem um colega a ser posto no olho da rua.
A cara metade e o rebento, lá seguiram sozinhos, até a ilha de onde eram originários.
Sozinhos, mãe e filho de meses.
O nosso amigo, incrédulo e abatido, seguiu à tarde numa camionete mais pequena, Camionete essa que fazia igualmente o percurso e onde foi bem recebido por todos os colegas.
Chegou tarde mas chegou, tendo-se reunido com a família ao final do dia, onde tentou esclarecer que não era aquele bocado de cócó que quiseram que ele parecesse.
Não se sabe se eles acreditaram, mas que ficaram enquadrados, lá isso não há dúvidas e o bebé nunca mais repete a graça.
Dói sempre muito mais quando estamos com os nossos.
Toda esta moral, vinda de um rapaz que em tempos passados e aproveitando as suas ligações à UPA, conseguiu atribuir a um familiar muito chegado, a exploração da cantina de serviço da dita associação.
Uma outra história, que talvez venha a ser contada, a fazer lembrar aquele major da Guiné, que roubava nas batatas.
E quem o ouve, não o manda prender.
Eu tambêm não mandaria...
O segundo caso, mais engraçado devido a toda a envolvente, fala-nos de um rapaz com um mau barbeiro.
Já se sabe, tal como a caixa de chocolates do Forrest, assim são os barbeiros.
Nunca sabemos o que vai dar, até o serviço estar acabado, mas já era altura de mudar não?
Conhecido como o Explorador SideBurns, devido às expedições que levava a cabo, tinha vivido vários anos na dependência da UPA.
Era bem conhecida a sua tirada máxima.
Quem não alinhava com a UPA (a dele claro), ficava encarregue das rodas e pouco mais.
Para aprenderem, que isto do carácter forma-se é assim.
Na marra.
Aliás sempre que um Condutor-Ajudante tinha o primeiro embate com a personagem, já se sabia o que vinha.
Você tá na UPA?
Conduz nas folgas?
E já furou ou pensa furar alguma acção de sensibilização?
Ai dos nossos ajudantes se algumas das respostas não fosse do agrado do inquisidor-mor.
Ele era rodas, rabugice e aquele sermãzinho de padreco, recheado de piadolas mal conseguidas.
Viveu sempre impune, e tal foi a alavanca que a UPA lhe deu que rapidamente se tornou chefe da condução sincronizada.
Da UPA à estrutura CACAL, sem passar pela casa da partida.
À excepção dos dois contos claro, que esses é mesmo pra embolsar.
Só gente séria, está bom de ver.
Naqueles tempos, em que a mescla entre CACA e UPA era enorme, quem tinha um olho era rei.
E este nosso amigo tinha dois.
Estava habituado a confrontos, pois nas horas vagas, munido do seu barrete de corres garridas, dedicava-se à pega de bichezas pesadas.
Era de caras, de cernelha e afins.
Adorava a Aficion que a sabujada lhe dedicava.
Sim que isto já se sabe, dá-me poder e aparecem seguidores, daqueles sem muitas ideias próprias que é assim que nos dão jeito.
Devido ao seu carácter “frontal”, ninguém levava a mal e tudo lhe era permitido.
Se bem que ser “frontal” com quem está abaixo de nós na cadeia alimentar é coisa para ser assim, deixa cá ver o adjectivo, deixa cá ver se me lembro....
Várias vezes punha condutores ajudantes encarregues dos rodados, ainda se gabava do feito e gritava a pulmões cheios num aviso à navegação.
Chegou a ter problemas devido a isso.
Os chefes da CACA não gostavam que se tratasse assim os Condutores-Ajudante e decidiram actuar.
Esteve parado 8 meses, em casa, com um processo disciplinar vagabundo e sem nexo.
Um nojo.
Esperem, peço desculpa, enganei-me na história, estava a fazer confusão.
Não com este isso não aconteceu.
Talvez devido à relação com a CACA, talvez devido à sua manhozisse, o que é certo é que ninguém duvidava da sua justiça para com os “infráticos”e ainda era aplaudido.
Nunca perdeu a confiança dos Druidas e nunca foi para casa ad eternum à espera de resolução.
Outros tempos, outras vontades, outras miscigenações.
Falava como se a razão fosse a sua essência, e sempre naquele registo rabujo-malandreco, a fazer lembrar o simpático cachorro das Wacky Races.
Grande Mutley, quem não gosta dele?
Em 2008, estava cansado de ser uma personagem secundária.
Cheio de vontade de meter as mãos num tesouro maior e acreditando numa sucessão monárquica que sempre vinha acontecendo, tentou, aliado ao Captain Goofy e a uma entourage duvidosa, vingar na UPA.
Afinal, estava provado que quem domina a UPA, obtia igualmente os favores dos Druidas e se aquilo sempre tinha estado nas mãos “deles” não era agora que iria mudar.
Felizmente para todos nós, tal não aconteceu e tivemos 2 anos difíceis mas proveitosos.
A ter vingado, já sabem qual tinha sido o resultado.
Ah e tal, não é o momento, vocês até ganham Kuanzas a mais, e agora com licença que tenho que orientar-me mais um bocadito.
Igualmente não aceitou bem a derrota e quando a UPA esteve em conversações com a CACA para a melhoria de vida dos condutores, escolheu o seu lado.
O seu, mesmo o seu.
Antes, apregoava a unidade, porque quando estamos lá, é sempre bom termos exército pra fazer alarde e sentirmos o espaldar quente.
Agora mandava mensagens electrónicas aos condutores, apelando à desunião, tentando lançar a confusão, insultando o Continhas, a direcção da UPA e fazendo ameaças veladas.
Um Democrata de mão cheia.
E aí de quem diga o contrário.
Fica com as rodas e não mexe mais.
Vamos ao terceiro caso? Vamos a isso.
O terceiro caso fala-nos de um homem, homem esse conhecido como Captain Goofy.
Lembram-se dele da história anterior? Esse mesmo.
Também ele, tal como o nosso Henrique Galvão, alardeava da sua patente.
Num registo sempre apatetado, ia levando a sua vidinha sem grandes sobressaltos.
Mas ao contrário do personagem do velho Walt, a este nosso amigo não chegava ser mais um e aquela patetice tinha um objectivo.
Juntou-se a mais uns quantos e decidiram tentar a grande lotaria.
Pensou, se sou um tipo popular, neste registo friendly goofy, vou mas é capitalizar isto e serei o próximo chefe da UPA.
É que é limpinho.
Goofy ao poder.
Elaborou o seu exército, recheado de mais do mesmo e confiou na apatia geral.
Tão convencido estava da vitória, que numa acção normalíssima para quem quer ser chefe da UPA, marca uma reunião com os chefes da CACA antes de lançar a empreitada.
Para delinear em conjunto as estratégias...
Epá, cheira a malandrice pensam os Amigos Ouvintes.
Pois cheira e não é só a isso que cheira.
A CACA sempre disposta a fazer alianças, prontamente realizou a dita reunião.
Normal, normalíssimo e explica muito do passado recente.
Vieram as eleições e não há mal que dure sempre, algum dia havia de ser.
Perderam e para o bem de todos nós, vimos que havia vida para além do défice.
Sim, défice.
De honestidade, de verdade, de decência, de lisura, e de muitas outras coisas.
O nosso Goofy acabou mais tarde por perder também a compostura.
Num registo mais azedo, em frente a dois Condutores-Ajudantes e a quem o quis ouvir, metendo foice em seara alheia, desejou a um colega Condutor-Principal, que se debatia na altura com um problema grave de saúde, desejou então que este ficasse inválido de vez.
Que bonito.
Enfim, patetices que lhe assentam com uma luva, mas que continuam a ser isso.
Patetices.
E é por estas e por outras que sempre que nos vêm com aquela conversa da decência própria, cheios de virtudes e os outros cheios de defeitos, que temos que olhá-los bem de frente e dizer.
Ó meu Manholas, quantas vezes é que já te vi em ceroulas?

6 comentários:

  1. Olá Rato.
    Estimo em ver que estás finalmente de volta, ( qual D. Sebastião envolto numa bruma de acutilância ).

    Para quem como eu sempre admirou, ( á distância ), o misterioso e fascinante mundo dos 18 rodados, ( e até ponderou em tempos muito idos a possibilidade de ser condutor, particular, daquelas camionetas ligeiras com motor de um só cilindro ), é delicioso continuar a acompanhar as aventuras, e desventuras, dos camionistas profissionais ( daqueles á séria com tatuagem e calendário temático pendurado no posto de condução ).

    Não percas o ritmo e continua a fazer-nos chegar estas pérolas da camionagem.

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  2. Ora que eu já estava cheio de saudades de ti caro Rato.

    Mas que belas histórias que tu resolveste nos trazer.

    Das três, irei apenas comentar a primeira, não que as outras não sejam dignas de serem comentadas, mas simplesmente por achar que a primeira me faz cá uns azedumes no estômago.

    Este nosso condutor-principal, é uma personagem bastante conhecida e caricata. No passado antigo, foi autor de algumas histórias algo corajosas, mas no passado recente, tem sido autor de algumas das mais vis e infames rábulas.

    Esta episódio que foi aqui descrito, por quase todos conhecido, é merecedora de ficar nos anais da nossa aviação. Será doença? Será demência?... ou será pura bostice? Ou aposto mais nesta última.

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  3. O primeiro energúmeno, também designado por ...., chegou ao cúmulo da indecência de pedir o quarto do condutor-ajudante para a sua familiar que tratava do restaurante da UPA, depois de ter recusado uma atenção a um amigo desse ajudante no mesmo serviço de camionagem que ambos realizaram para as terras do tio Sam, numa coerência sem limites e irrepreensível, como se vê. Também ainda nos lembramos da sua destreza na condução pesada quando atirou a camioneta para fora da estrada, quando se assustou com um ruído irrelevante,circulando ainda a baixa velocidade na faixa de rodagem. Um verdadeiro artista do volante.
    O segundo idiota, vulgo ......., para além de ser muito religioso e ecuménico não tem dois olhos, como tu por lapso certamente disseste: tem três olhos, sendo que um deles é bem largo e receptivo a propostas desonestas, apesar da religiosidade e carácter humanista do seu titular. Daí a protecção e aparente impunidade de que foi gozando durante alguns anos. Mas parece que caiu em desgraça, até junto de quem beneficiava dos seus favores e serviços, tantos foram os seus desvarios.
    O terceiro personagem, tem apenas inclinação para a escrita gótica e percebeu a tempo o logro em que ia caindo.
    Mas tens razão no essencial: embora com gradações diferenciadas, são os três manholas. Ou serão apenas uma réplica Tuga dos três estarolas?

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  4. Realmente o artista da primeira estória nem dá para acreditar em tamanha lata/idiotice! Mas, pergunto-me eu, será que não se apercebe?
    Quando esses camionistas principais estiverem reformados (eventualmente acabamos assim) que "tratamento" esperam eles de levar dos camionistas-ajudantes que cá ficaram e, por acaso, já foram promovidos a principais??
    Lá terão de continuar com cara de trombas a beber "Cerveja/Tinto"...

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  5. Será a história dos 3 "porquinhos"?
    Mas não podemos ser ingratos, devemos a esses patriotas, milhares de horas de voo em combate na defesa da Pátria, ou já não havia guerra na altura em que a "formação" aconteceu ou a guerra era outra?
    O "patilhas" aka "Oh Missster!", rapaz refinado, se tiver horas de combate é nas estacões de serviço com os colegas dos Super Dragões. Um primor de gente esta, que tinham uma companhia "deles", até os TIR eram "deles", e depois aquilo deu para crescer, e lá tiveram que se sentar nos mesmos bancos onde outros camionistas, uns novatos que só sabiam mexer em caixas automáticas, que aquilo da camionagem á antiga eram outros tempos, á chuva a mudar o pneu da máquina não é para tenrinhos destes! Mas eles eram necessários ao andar da carruagem -que isto tem de dar aérios ao fim do ano, coisas da Europa-e como tal para dar mais aériostb. implicava deixar de contar com os palpites de ilustres camionistas parecidos a outros que lá andaram com a 4ª classe. Isto de compartilhar o assento onde esta malta sem rumo, abanca o rabiosque e leva a carga no TIR deles... Como os compreendo, é um desaforo, mas a coisa anda, pasme-se, a malta até leva os contentores e os caixotes ao endereço certo! (se calhar com a ajuda de uns SMS's)
    E além disso a malta até anda animada, pois não sente por perto nenhuma "Desgrácia"! Quanto aos outros dois premiados com a tua crónica, gostei daquela parte á lá Clint Eastwood:
    - Achincalhar um ajudante de camionista em frente á mulher é mesmo de camionista de Berliet!
    - Um exemplo de homem...zinho, pequeniiiiinoooo!
    O gótico, um piercing para ficar fixe!

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  6. «São tempos de termos a capacidade de lutar por aquilo que temos direito nos locais
    apropriados»
    quem disse isto???
    foi o xefe dos DRUIDAS, luta que depois nós tratamos de ti.....

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