terça-feira, março 16, 2010

The Final Countdown

Todos se recordarão desse monstruoso hit dos anos 80.
Uma rapaziada de cabelos longos e calças justas dizia que o fim estava próximo e o melhor era abandonar o barco.
"I guess there is no one to blame" era uma das frases lapidares desta letra tão conhecida.
Será mesmo?
Estava quase a terminar o período em que a miudagem da CABO teria a oportunidade de mudar o seu destino.
Estariam a corresponder ou deixariam a escolha para mãos alheias?
É sempre mais fácil ignorar as questões do que combatê-las.
A campanha eleitoral tinha decorrido normalmente para quem via de fora, mas seria mesmo assim?
Teria a camaradagem a dignidade e o espírito de elevação sido o mote, o fio condutor.
Claro que sim e para prova-lo nada como relatar 3 casos, sim sempre 3, que deixam bem patente o tipo de pessoas que estiveram na contenda.
O primeiro dava conta de uma página criada naquele site malandreco de que muito se tem falado ultimamente.
Sim esse mesmo.
A página intitulava-se CABO em ACÇÃO e pretendia ser uma página de troca de ideias entre os participantes, daquelas onde o objectivo é apenas melhorar a qualidade de vida dos signatários através de ideias e sugestões.
Já sabemos como é a maldade alheia e em menos de um nada, e apenas por mera coincidência, lá estava a dita da página a atacar a rapaziada Desafiante.
Coisas feias eram ditas.
Que os Desafiantes queriam ver o delegado da Yuppi fora do poleiro.
Que queriam repor a velhice duma desafiante.....Malandrice, ninguém no seu juízo perfeito quer repor velhice nos dias que correm. Queremos todos é ser jovens.
Mas mesmo que assim fosse, lá estariam os tribunais para decidir da sua legitimidade.
É velha sim senhora, manda-se afixar o édito e mais nada.
Não se sabia quem estava por trás desses ataques mas muito se comentava.
Seria a própria CABO?
Impossível, não fariam isso, não seria bonito.
Os Desafiantes andavam intrigados mas tinham mais coisas pra pensar.
Até que num lampejo de curiosidade resolvem investigar.
Com a breca, tudo vinha da sede da CABO.
E agora, que fazemos.
Ainda pensaram em tratar da coisa com uns rapazes de leste, solução muito prática e merecida, embora dispendiosa, mas depois lá se pensou melhor e vai de tirar satisfações.
Cara a cara, o Desafiante-Mor dirigiu-se à sede da CABO.
Nós? Infâmia, vergonha, nunca na vida, que Cristo desça à terra.
Cristo estava ocupado e não atendeu as preces.
Na falta do redentor, vai de usar aquela técnica tão lusa de enfrentar as coisas.
Foi ele mamã, foi ele.
Chama aí o presidente da UFA(União das Férias Altamente)
Faz-se a confrontação e eis que afinal andava alguém da CABO a pressionar os da UFA para lograr os seus intentos.
A conspiração metia a CABO, a UFA, o tal site manhoso e pressões várias.
Parece que o Schwarzenegger de Goa, era um dos principais mentores da coisa.
Uma salganhada sem quartel.
Com tudo à vista e cada um a correr pro seu lado, quais bandidos menores num western spaghetti, ficou fácil de identificar os autores.
O nosso desafiante, sempre calmo, a assistir de camarote.
Face dura por fora, mas em risota interna.
Ok, rapaziada, já topei tudo, agora vejam lá o que vão fazer.
Não queiram passar por malandros.
Não, não, vamos já demarcar-nos das declarações da tal página, faremos uma declaração à pátria CABO.
Assim terminou a ida do nosso desafiante à sua futura casa.
Assim não, que no fim ainda houve tempo pra uma reunião à porta fechada.
Houve lágrimas e choro, mas ninguém sai machucado da sua masculinidade.
Quanto à declaração da CABO a demarcar-se, devido ao mau funcionamento do serviço postal, o mesmo extraviou-se e continuamos à espera da 2ª via.
Coisas dos correios...
O segundo caso é mais malandreco, embora apenas por descuido possamos falar de usurpação de fundos.
Então não é que a CABO vendo as sondagens pouco favoráveis vai de enviar telegramas cantados e acenos tecnológicos.
Sim, telegramas cantados e com uma musiqueta especial.
Como os telegramas são coisa do passado e há que transmitir a ideia de modernidade, não se fizeram rogados e toca de usar igualmente as novas tecnologias.
Os operadores móveis agradecem que isto dos objectivos é uma dor de cabeça.
Olha lá, em quanto isto vai ficar?
Não interessa pá, pensa é em quanto vai ficar se perdermos a coisa.
Os meus almoços.
E ter que voltar a andar de camionete regularmente.
Ui, que não tenho vida para isso.
Dá ao dedo e manda mais, manda, manda.
Já todos sabemos que a pressão dá nisto.
Erros que poderiam ser evitados acontecem.
No meio de tanta....O povo chama fuçanga e o autor à falta de melhor termos corrobora, eis que são enviados telegramas e acenos tecnológicos a pessoal que já mudou de ramo.
Desde pessoal que se tinha convertido em condutores, pessoal que tinha envelhecido e abandonado as lides, sim que também existem, e até alguns cuja existência terrena cessou faz tempo.
É o mal da não actualização das bases de dados.
Até os partidos deste nosso rectângulo se queixam.
Tudo somado e porque não há almoços grátis, deu um piparote de dinheiro.
Telegramas a 32 centavos de kuanza, mais os acenos tecnológicos, multiplicando por todos...
Epá, mais um pouco e resolvia-se o problema das contas publicas.
Ninguem quis.
Assim se vêm as prioridades da classe dirigente.
Uns diziam que era errado usar o dinheiro de todos pra telegramas e acenos.
Mal-discência, se não for usado nisso, vai-se usar em quê?
Escolas e hospitais queres ver.
Fica assim que está bom e a baianada nem nota.
O terceiro e último caso ficou conhecido com "A tarde do balão".
Não confundir com o Condutor Balão. Esse é outro.
A tarde do balão consistiu numa tarde diferente que a cúpula dirigente da CABO na sua infinita generosidade quis oferecer ao pessoal menor.
Reuniram-se e munidos dos ditos insufláveis, eis que entram triunfantes no centro de encontros.
Nervosos, pois sentiam-se como peixes fora de água.
Poucos os conheciam.
É normal, isto do dirigismo rouba-nos muito tempo e entre reuniões, almoços e passeatas escolhidas a dedo, sobra pouco tempo pra confraternização.
Os desafiantes ainda por cima estavam presentes e com eles todos falavam.
Coisas de quem trabalha lado a lado.
Laços que se criam...
Pior mesmo só o comportamento dos ditos balões.
Maldita loja do sr. Yung Hu
Balões murchos...
Nada subia.
Devia ser bruxaria.
Para a risota ser geral ainda os desafiantes, a sugerirem a toma daqueles comprimidos azuis muito em voga na camionagem das 18 rodas. Pode ser que suba.
Pro circo ter sido completo só faltaram mesmo aqueles rapazes de sapatos grandes, narizes vermelhos e cabeleiras amarelas, que normalmente entram antes dos elefantes.
Houve quem os visse mas não está confirmado.
E agora?
A tal frase dos Europe "I guess there is no one to blame" como fica?
Is The Final Countdown...

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